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Vídeos – SAÚDE MENTAL https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog -- Tue, 05 Oct 2021 14:35:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 Em palestra à Carreira, Sidarta Ribeiro aborda a ciência por trás do sono e dos sonhos https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/10/05/em-palestra-a-carreira-sidarta-ribeiro-aborda-a-ciencia-por-tras-do-sono-e-dos-sonhos/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/10/05/em-palestra-a-carreira-sidarta-ribeiro-aborda-a-ciencia-por-tras-do-sono-e-dos-sonhos/#respond Tue, 05 Oct 2021 14:35:22 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=449

A Carreira assistiu, na última quinta-feira (30), ao Webinar Setembro Amarelo – Qualidade de vida, Sono e Sonhos. O evento teve como convidado especial o neurocientista Sidarta Ribeiro, professor e vice-presidente do Instituto do Cérebro da UFRN. O uso excessivo das telas, nas quais “está todo mundo viciado”, foi o primeiro tema abordado na palestra: de acordo com o neurocientista, além de trabalhar em frente a uma tela durante várias horas por dia, as pessoas também têm utilizado as telas para se divertir e interagir. Esse hábito, segundo o palestrante, interfere, entre outros, no aprendizado e no sono. “Como vivemos grudados às telas, também estamos sem tempo para trocar olhares, conversar com calma, ouvir música, cultivar os amigos. Precisamos ter moderação”, alertou.

O professor deu início então à exposição sobre os temas do sono e dos sonhos. Conforme Sidarta Ribeiro, até o final da Idade Média, os sonhos eram compreendidos como potenciais revelações – foram eles os responsáveis por guiar as escolhas e a evolução de diversas sociedades e civilizações ao longo do tempo. Para o neurocientista, esse entendimento sobre os sonhos mudou a partir da união entre a ciência e o capitalismo. Só no final do século XIX, o estudo dos sonhos foi retomado por pesquisadores como Freud e Jung, que contribuíram com evidências sobre a relação entre sonho e vigília: o que vivemos durante o dia tem muito a ver com aquilo que sonhamos à noite. Hoje, entende-se que “os sonhos são uma maneira de filtrar as informações que precisamos para o dia seguinte. Quando se dorme mal, essa triagem é prejudicada”.

Levando em conta as dificuldades que marcam a atualidade no mundo todo, o professor apresentou um estudo sobre como os sonhos foram afetados pela pandemia. “As pessoas que sofrem mais durante a vigília, isto é, que têm mais pensamentos adversos, são também as que mais têm pesadelos”, explicou. De acordo com Sidarta Ribeiro, ainda que a pandemia tenha piorado a saúde mental de grande parte das pessoas, para uma parcela da população o distanciamento social possibilitou um autocuidado que não existia e que favoreceu a saúde mental. “O desafio, então, está em criar uma cultura em que o tempo não seja todo entregue para o trabalho, em que existam momentos para cuidar de si.” O palestrante ressaltou, no entanto, o obstáculo que caracteriza o atual estilo de vida: “as pessoas não têm mais tempo para fazer o que é saudável”.

Durante a exposição, Sidarta Ribeiro demonstrou que a ausência de sono provoca graves prejuízos à saúde, a exemplo do déficit cognitivo, da desregulação emocional e do estresse. A médio prazo, essa deficiência funciona como fator de risco para distúrbios como depressão, doenças cardiovasculares e mal de Alzheimer. O sono satisfatório, por outro lado, motiva uma série de benefícios: “O tempo que passamos em sono REM – fase que se inicia, em geral, após 90 minutos – é proporcional, por exemplo, à criatividade que manifestamos. Se uma pessoa em sua equipe não consegue concluir uma tarefa, talvez ela precise trabalhar menos e dormir mais”. A criatividade, segundo o professor, também se relaciona com os sonhos: importantes artistas e cientistas atribuíram suas obras e descobertas às inspirações oníricas que tiveram.

Para encerrar a palestra, que contou com ampla audiência da Carreira, Sidarta Ribeiro destacou: “Precisamos retomar a conexão que tínhamos com o sono e os sonhos. Precisamos reaprender a dormir e a sonhar”. Além da presença do neurocientista, o Webinar Setembro Amarelo – Qualidade de vida, Sono e Sonhos contou com as participações de Achilles Frias, presidente do SINPROFAZ; Adriana Rocha, procuradora-geral da Fazenda Nacional substituta; Beatriz Pereira, representante do Grupo Nacional de Saúde Mental – PGFN; Aleksey Cardoso, diretor do Departamento de Gestão Corporativa – PGFN; e Cristiano Costa, psicólogo coordenador do Projeto do SINPROFAZ de Saúde Mental e Qualidade de Vida na PFN.

A palestra de Sidarta Ribeiro está disponível no YouTube do SINPROFAZ! Assista em: bit.ly/SonoeSonhos

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Em Webinar, palestrante apresenta análise psicológica da violência masculina https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/08/11/em-webinar-palestrante-apresenta-analise-psicologica-da-violencia-masculina/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/08/11/em-webinar-palestrante-apresenta-analise-psicologica-da-violencia-masculina/#respond Wed, 11 Aug 2021 14:50:07 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=456

Cristiano Costa é sócio-administrador da Psych – Psicologia Clínica e Organizacional. Convidado para coordenar o Projeto de Saúde Mental e Qualidade de Vida na PFN, idealizou o webinar Olhos nos olhos, quero ver o que você faz! – A construção das masculinidades e a análise psicológica da violência masculina, que encerrou o projeto PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos. Em palestra à Carreira na ocasião do webinar, o psicólogo tratou da Teoria dos Arquétipos, de Carl Gustav Jung, segundo a qual “previamente ao que a cultura vai estabelecendo como comportamento aceitável para cada sexo, existe a questão da polaridade do psiquismo humano”. A primeira dessas dualidades, de acordo com Costa, é a do consciente e inconsciente, que se desdobra na polaridade do masculino e feminino.

O tema dos mitos, que “falam mais para o nosso coração e não tanto para a nossa intelectualidade”, foi explorado pelo palestrante. Para iniciar a exposição sobre o assunto, Cristiano Costa lançou mão da chamada “doutrina do Logos”, descrita no primeiro capítulo do Evangelho de João. “A ideia de que ‘a luz brilhou nas trevas e as trevas não a compreenderam’ nos remete a um entendimento da realidade em dois polos: o da luz e o da treva.” Ao fazer uma conexão entre a passagem bíblica e a filosofia grega, o psicólogo citou Platão, segundo o qual “nossa natureza de outrora não era a mesma de agora, mas diferente. Em primeiro lugar, três eram os gêneros da humanidade, não dois como agora, o masculino e o feminino. Também havia um terceiro, comum a estes dois, do qual resta agora um nome, desaparecida a coisa”.

Cristiano Costa propôs então uma reflexão sobre o que é uma relação. Retomando um conceito de Jung – para quem duas personalidades, ao se tocarem, passam a provocar uma reação química -, o palestrante apresentou a ideia da relação como um vaso. De acordo com o psicólogo, essa analogia evoca os mistérios mundanos que ultrapassam os indivíduos, como a questão da morte. “Esse conceito de relação universaliza os desafios do afeto. Em todos os povos e em todas as culturas ao longo da história, percebemos relações que se configuram com assimetria, mas também relações que revelam os desafios da convivência, das trocas que precisam ser estabelecidas.” Relação seria, portanto, o direito à ampliação da personalidade, à autorrealização, ao acolhimento de si e do outro, haja vista que a individuação guarda dores e desafios.

Conforme Cristiano Costa, “toda relação faz emergir aquilo que está oculto em nosso inconsciente”. Isso explica a necessidade e a importância de nos darmos conta dos “monstros que nos habitam”: “É preciso ter coragem para falar sobre aquilo que nos assusta, que nos desafia. Para perceber que existem facetas sombrias de nossa personalidade que, em vez de serem devolvidas para fora, precisam ser trazidas para mais perto”. De acordo com o psicólogo, vem daí a linha de raciocínio que nos leva a pensar sobre como pessoas próximas, conhecidas, podem ser capazes de monstruosidades. Por fim, segundo Costa, a prática da violência se relaciona com experiências de humilhação. Nesse sentido, idealizações e projeções do homem seriam responsáveis por originar os padrões de assimetria, submissão, dominação e agressão.

Acesse bit.ly/CristianoCosta e confira a palestra completa!

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Reflexos da cultura patriarcal norteiam palestra do Projeto “PFN e Gênero” https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/30/reflexos-da-cultura-patriarcal-norteiam-palestra-do-projeto-pfn-e-genero/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/30/reflexos-da-cultura-patriarcal-norteiam-palestra-do-projeto-pfn-e-genero/#respond Wed, 30 Jun 2021 12:32:41 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=417
Promovido pelo SINPROFAZ, o projeto PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos motivou debates sobre raça, classe, tributação e vários outros temas. Para encerrar a série de eventos, a Carreira assistiu ao webinar Olhos nos olhos, quero ver o que você faz! – A construção das masculinidades e a análise psicológica da violência masculina. Na ocasião, a palestrante Ana Lucia Gomes abriu as exposições. Fundadora e gerente de projetos da BeChange – Consultoria de Impacto Político e Social, ela é mestra em saúde coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, onde se especializou no campo da violência de gênero.

De acordo com Ana Lucia Gomes, dentro da cultura patriarcal, somos ensinados desde crianças a representar papéis definidos pelo gênero. A cultura machista, de dominação e opressão das mulheres, impõe, por exemplo, as características esperadas para o homem: ele deve ser forte, viril, invulnerável e provedor. “Essa masculinidade perversa tem consequências perigosas para os homens, mas também para as mulheres, que são vítimas de violência patrimonial, física e psicológica, de estupros e de feminicídios.” Ao abordar o tema dos estereótipos, a palestrante ressaltou que a maioria dos casos de violência ocorre dentro de casa e com abusadores cujas características físicas não despertam medo ou desconfiança. 

A especialista lembrou a pesquisa realizada na oportunidade do mestrado: Ana Lucia Gomes tomou por referência a campanha “Meu primeiro assédio” e analisou relatos de mulheres vítimas de abusos. Segundo a palestrante, os casos ocorreram quando as vítimas ainda eram crianças e os abusadores, à época, foram tratados como doentes. “Precisamos discutir a questão da patologização do abusador. Ele não é louco ou doente, mas sim um homem violento, que faz uso dos poderes e privilégios conferidos pela cultura patriarcal.” Para Ana Lucia Gomes, temas como a pedofilia devem ser tratados para além da Classificação Internacional de Doenças (CID): é preciso levar em conta o machismo que norteia as relações sociais.

Para assistir à exposição completa, acesse: bit.ly/AnaLuciaGomes.

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Filósofo palestra à Carreira sobre masculinidades e violência. Confira! https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/21/filosofo-palestra-a-carreira-sobre-masculinidades-e-violencia-confira/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/21/filosofo-palestra-a-carreira-sobre-masculinidades-e-violencia-confira/#respond Mon, 21 Jun 2021 12:55:24 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=412 Educador, sociólogo e filósofo, Sérgio Barbosa é especialista em violência de gênero, masculinidades, sexualidade masculina e políticas públicas. Convidado pelo SINPROFAZ para ministrar palestra no âmbito do projeto PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos, o professor abordou, entre outros, o tema das masculinidades. De acordo com Sérgio Barbosa, esse conceito se refere a um conjunto de expressões projetadas dentro de um padrão com o intuito de “afirmar valores, legitimar atitudes e justificar pensamentos”. Envolve atributos ensinados ao longo da infância, cristalizados durante a adolescência e naturalizados na fase adulta. Em diferentes graus, portanto, faz parte da vida de todos os homens e estabelece “um mundo de privilégios, que aceitamos como naturais”.

Em razão da obra O poder do macho, Sérgio Barbosa citou a autora Heleieth Saffioti, segundo a qual os papéis de mulheres e homens nas sociedades nômades não eram de disputa, mas de complementação. “Aquela imagem de um homem, com um tacape na mão, puxando uma mulher pelos cabelos nunca existiu de fato. É uma projeção do imaginário masculino, como se houvesse violência desde sempre.” Conforme Sérgio Barbosa, no entanto, a violência só começou quando a sociedade passou a adquirir propriedades: “Para trabalhar a terra, as famílias precisavam ter muitos filhos. O corpo da mulher foi, então, apropriado pelo homem, dominado pelo medo e pela insegurança e explorado, pois se tornou um meio de produção de riquezas. O patriarcado nasceu violento”.

O machismo, para o professor, representa um lugar de apropriação, de dependência, de hierarquia. “Como se o homem, para ser reconhecido como varão, necessitasse ter alguém sob seu controle”, explicou. Segundo Sérgio Barbosa, o machismo, o patriarcado e as masculinidades criam, nos homens, um estado em que a violência é a forma possível de expressão. Nessa perspectiva, o homem não pode demonstrar sentimentos ou fragilidades. “Estamos o tempo todo controlando nossas emoções. Esse ‘labirinto’ nos leva à violência. Precisamos nos tornar ‘protagonistas do nosso próprio processo’, olhar nos olhos, falar com os outros homens e libertar o oprimido que há dentro de nós”, convocou o palestrante, que concluiu: “Vamos romper os privilégios, o pacto e o silêncio”. 

Quer assistir à palestra completa? Acesse o YouTube do SINPROFAZ: bit.ly/SergioBarbosa

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Em palestra à Carreira, psicóloga aborda o tema da sobrecarga na maternidade https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/14/em-palestra-a-carreira-psicologa-aborda-o-tema-da-sobrecarga-na-maternidade/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/14/em-palestra-a-carreira-psicologa-aborda-o-tema-da-sobrecarga-na-maternidade/#respond Mon, 14 Jun 2021 13:15:24 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=405

A saúde mental da mulher, especialmente no contexto da maternidade, norteou a palestra de Adriana Fregonese durante o Mês PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos. Coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital do Coração – HCor, Adriana Fregonese é professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, além de mestre e doutora pela mesma instituição. Segundo a palestrante, a saúde mental envolve o equilíbrio emocional e a qualidade de vida e, por ser essencial à integridade do ser humano, deve contar com o mesmo cuidado que a saúde física normalmente recebe: “É muito importante que aprendamos a administrar as situações, emoções e adversidades que a vida apresenta. Isso sem comprometer a nós mesmas e aos outros”.

A psicóloga abordou a questão da sobrecarga, definida como tudo aquilo que excede a uma carga considerada normal. A dificuldade, conforme Adriana Fregonese, está em encontrar essa “régua” da normalidade. De acordo com a palestrante, uma das consequências da sobrecarga é o estresse, compreendido como a reação psicofisiológica que quebra a homeostase, isto é, o equilíbrio do organismo. “Para enfrentar o estresse, dependemos de um conjunto de respostas físicas, emocionais e comportamentais. Esse repertório nos leva a uma situação de ajustamento. Quando nos adaptamos, no entanto, acabamos entendendo que ‘aquilo pode ser feito’, que ‘pode fazer parte da nossa vida’. Então perdemos um pouco do crivo da sobrecarga e acumulamos funções sem muita crítica, sem muita reflexão.”

Ao relacionar estresse e maternidade, Adriana Fregonese chamou a atenção para a concepção de que “ser mãe é padecer no paraíso” – ideia equivocada que compõe um universo idealizado onde a sobrecarga imposta à mãe é ignorada. “Historicamente, a gestante foi pouco assistida do ponto de vista da saúde mental, pois acreditava-se que a gestação era uma fase plena, de alegria e de tranquilidade. Hoje sabemos que os transtornos psiquiátricos são frequentes”, informou a professora, que alertou: “Em nosso sistema de saúde, temos o pré-natal, mas não há uma atenção à higidez mental da gestante. Os sintomas próprios da gestação se sobrepõem aos da ansiedade e da depressão, o que dificulta o diagnóstico do transtorno psiquiátrico e faz com que o quadro se agrave”.

De acordo com Adriana Fregonese, sintomas depressivos e de ansiedade motivados pelo momento de adaptação acometem cerca de 70% das gestantes no mundo. Dessas mulheres, de 10% a 16% desenvolvem a doença da depressão. Segundo a professora, a ciência já sabe que a saúde mental da gestante influencia a saúde do feto, pois, por meio da mãe, o bebê é capaz de se comunicar com o mundo externo. “Ele acaba recebendo, via cordão umbilical, todos os hormônios depositados no sangue em razão do estresse: a adrenalina, a noradrenalina, o cortisol, a dopamina. Então o bebê passa a sentir a mesma perturbação emocional da mãe. Estudos confirmam que temos memórias bioquímicas. Por isso é importante que as grávidas consigam amenizar o efeito do estresse em suas vidas.”

Para conferir a palestra completa, acesse: bit.ly/AdrianaFregonese.

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Em palestra sobre perda e luto, psicóloga responde às dúvidas da Carreira https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/04/em-palestra-sobre-perda-e-luto-psicologa-responde-as-duvidas-da-carreira/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/06/04/em-palestra-sobre-perda-e-luto-psicologa-responde-as-duvidas-da-carreira/#respond Fri, 04 Jun 2021 12:38:58 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=399

O SINPROFAZ, juntamente com o Departamento de Gestão Corporativa – DGC/PGFN, promoveu na quarta-feira (2) o webinar O Luto Importa – Aprendendo a Lidar com Perdas. Para abordar o assunto, a convidada foi Valéria Tinoco, psicóloga que há mais de 25 anos trabalha com os temas da perda, do luto e das situações de emergência. Formada pela PUC SP, ela é mestre e doutora pelo Programa de Psicologia Clínica da mesma instituição. É cofundadora, professora e supervisora do 4 Estações Instituto de Psicologia, referência brasileira no tratamento e na abordagem terapêutica do luto. No Instituto, Valéria Tinoco coordena o curso de Especialização e Aprimoramento em Intervenções Psicológicas Fundamentadas na Teoria do Apego.

Segundo a palestrante convidada, o luto é uma reação normal em face de uma perda. Não se trata, portanto, de uma doença a ser curada ou de um sinal de fraqueza. Considerando a situação de pandemia que perdura há quase um ano e meio, tem-se falado também em “luto coletivo”, informou a psicóloga. Isso porque nunca houve um cenário como este, com perdas múltiplas e consecutivas de vidas. “Podemos ampliar essas perdas levando em conta a perda do nosso ir e vir e do contato com as pessoas. Além das perdas financeiras, de saúde, de planos para o futuro. O cenário é mundialmente descrito como de trauma coletivo. Podemos esperar, nos próximos anos e nas próximas décadas, consequências deste momento sobre a saúde mental dos indivíduos.”

A vivência de uma perda e o consequente luto “desorganizam” o indivíduo. Conforme a palestrante, essa desorganização é natural e, se aceita, pode ser compreendida como um processo adaptativo: “estou desorganizado agora, mas voltarei a me organizar”. O “funcionamento” fora do habitual ocorre apenas por um determinado período, ou seja, não é permanente. “Para algumas pessoas, voltar ao trabalho rapidamente depois de uma experiência de perda pode ser importante. Para outras, o trabalho pode significar uma sobrecarga. Avaliar a situação individual sob uma perspectiva processual, considerando um dia após o outro, dá à pessoa em sofrimento uma sensação de segurança e de apoio para gerenciar a própria vida”, explicou a psicóloga.

De acordo com Valéria Tinoco, cuidadores que se ocupam durante muitos anos de um familiar ficam perdidos quando essa pessoa vem a falecer. Além da falta que sentem, levam certo tempo para se adaptar ao papel que devem desempenhar na nova conjuntura. “Quando uma pessoa já idosa perde seu companheiro ou sua companheira de vida, ela perde mais: perde o passado, o presente – considerando o cuidado diário que existia – e o futuro. Isso assusta e desorganiza”, destacou a psicóloga. Valéria Tinoco explicou que, para pessoas mais idosas em situação de perda, sentir-se fragilizado ou vulnerável pode ser muito incômodo. A manutenção, pelas famílias, da autonomia dessas pessoas é fundamental para o enfrentamento da situação, ressaltou a palestrante.

Ao responder às perguntas enviadas pelo público de PFNs e demais interessados, Valéria Tinoco explicou a melhor maneira de abordar um Colega que, apesar de enfrentar uma situação difícil, não se abre para conversar com os pares. Segundo a psicóloga, o mais importante, nesse caso, é demonstrar disponibilidade: “Se não tenho facilidade para falar sobre sentimentos, posso me disponibilizar, por exemplo, para assumir responsabilidades do Colega no trabalho. Se há mais intimidade, posso me disponibilizar para sair, tomar um café”. Conforme a palestrante, ajudar alguém em sofrimento não inclui necessariamente o incentivo para que a pessoa externalize seus sentimentos. “Há quem se sinta ainda mais fragilizado nessa situação”, destacou Valéria Tinoco.

Por fim, a psicóloga abordou o conceito de resiliência – a capacidade de superar situações adversas e de sair fortalecido delas. De acordo com Valéria Tinoco, “a resiliência não está presente ou ausente em um indivíduo: ela pode ser construída”. Ademais, depende do contexto em que é exigida. “A segurança de, em um momento de crise, ter uma resposta do ambiente – dos gestores, dos pares, da equipe de saúde mental – eleva nossa capacidade de enfrentar situações complexas. O apoio permite que nos estruturemos mais rapidamente. Por outro lado, o temor de, uma vez fragilizado, perder o posto ou a consideração dos Colegas, dificulta essa estruturação.” Daí a importância de que os comitês institucionais de apoio à saúde mental sejam de fácil acesso pela equipe.

Para assistir à palestra completa, acesse: bit.ly/OLutoImporta

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Em evento da série “PFN e Gênero”, antropóloga aborda o problema da sobrecarga feminina https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/05/26/em-evento-da-serie-pfn-e-genero-antropologa-aborda-a-sobrecarga-feminina/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/05/26/em-evento-da-serie-pfn-e-genero-antropologa-aborda-a-sobrecarga-feminina/#respond Wed, 26 May 2021 14:40:17 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=376 Carla Cristina Garcia foi uma das convidadas do projeto PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos. A antropóloga ministra aulas de Psicologia Social e Ciências Sociais na PUC SP e orienta pesquisas na área de gênero. Pós-doutorada pelo Instituto José Maria Mora (México/DF), Carla Cristina Garcia é autora de diversos livros, entre os quais a obra Ovelhas na névoa: um estudo sobre as mulheres e a loucura, sorteada, na oportunidade do evento, pelo Grupo de Saúde Mental PFN SP. Ao público do webinar, a professora palestrou sobre A Saúde Mental das Mulheres: loucas ou sobrecarregadas? A exposição foi acompanhada e comentada pela diretora do SINPROFAZ Valéria Ferreira e pela filiada Beatriz Pereira, idealizadoras da série de eventos realizados ao longo de março.

Ao iniciar a palestra, Carla Cristina Garcia ressaltou a relevância de projetos como o PFN e Gênero. Para a professora, os debates promovidos significaram a continuação do trabalho de mulheres que, tanto na filosofia quanto no mundo prático, discutiram questões como “os preconceitos sociais que colocaram as mulheres do lado daquilo que, ao longo dos séculos, viemos a chamar de loucura e, os homens, do lado do que viemos a chamar de razão”. De acordo com Carla Cristina Garcia, o feminismo ocidental tem 300 anos de história. Ele nasceu com a Revolução Francesa e em função daquilo que o movimento não concedeu às mulheres: liberdade, igualdade e fraternidade. Segundo a professora, à época, tinha-se claro que não era possível pensar em mulheres e homens de forma isonômica.  

A partir do século XVIII, conforme ensinou Carla Cristina Garcia, definiu-se o lugar das revolucionárias na sociedade. “As dissidentes tinham dois destinos básicos: a guilhotina ou o manicômio.” Já no século XIX, a psiquiatria ampliou a noção da desrazão feminina: estudos apontavam que as mulheres eram mais propensas à “histeria”, cuja origem estava, supostamente, no útero. “Era como se o corpo feminino fosse a casa de todos os males, os quais não tinham qualquer relação com a sociedade hiper repressiva.” Segundo a antropóloga, acreditava-se que, pelo fraco discernimento que possuía, a mulher não era capaz de julgar alguém. Assim, por natureza, não deveria ter qualquer relação com a vida jurídica e política do país: “O espaço público da democracia era e continua sendo masculino”.

De acordo com a palestrante, a “margem” que a mulher possui, na vida social, para exercer o pensamento e a autonomia é muito mais estreita que a do homem. Segundo Carla Cristina Garcia, “andamos praticamente sobre uma linha de equilibrista. Qualquer conduta que ultrapasse os papéis designados pela sociedade classista, racista e machista coloca imediatamente a mulher no lugar da desarrazoada, da desequilibrada”. Essa margem, conforme a professora, se estreita ainda mais se a mulher é negra e pobre. Além disso, diferentemente dos homens, as mulheres não têm espaço para “explodir”, para expressar raiva ou agressividade, o que as obriga a “implodir”: há muito mais mulheres sofrendo de depressão e tomando ansiolíticos do que homens, apontou a palestrante.

Ao findar a exposição, a professora abordou o tema da condição da mulher na pandemia. Para Carla Cristina Garcia, a “dupla jornada” feminina e a sobrecarga da mulher são questões que se naturalizaram no mundo todo. Com o princípio da industrialização na cidade de São Paulo, segundo a antropóloga, as mulheres passaram a compor a maior parte do proletariado nas tecelagens. Ainda que ocupassem esses postos no mundo privado do trabalho, continuavam responsáveis, de forma exclusiva, pelas tarefas tipicamente domésticas. “Essa realidade tem apenas 300 anos, isto é, nem sempre foi assim”, concluiu a palestrante, que completou: “A ‘dupla presença’, em casa e no trabalho, é o motivo do nosso absoluto cansaço físico e mental. A pandemia escancarou esse fato”.

Para assistir à palestra completa, acesse bit.ly/CarlaCristinaGarcia.

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Em palestra sobre violência contra a mulher, filiada destaca questões de raça e classe https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/05/20/em-palestra-sobre-violencia-contra-a-mulher-filiada-destaca-questoes-de-raca-e-classe/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/05/20/em-palestra-sobre-violencia-contra-a-mulher-filiada-destaca-questoes-de-raca-e-classe/#respond Thu, 20 May 2021 21:01:36 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=373

Fernanda Santiago é cofundadora do grupo PFNs de Todas as Cores e líder de projeto do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil. Em palestra durante evento do Mês PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos, a filiada ao SINPROFAZ, mestranda da USP na área dos direitos humanos, ressaltou que a violência não afeta as mulheres de modo igual, haja vista a interseccionalidade de preconceitos: a raça e a classe são marcadores que elevam os números da violência para outro patamar. “Além de suportar o preconceito de gênero e os estereótipos, a mulher preta também lida com o racismo, que é questão estrutural tão enraizada quanto o machismo. Se a mulher é preta e pobre, maior ainda será a violência que terá de sustentar.”

Ao iniciar a exposição, Fernanda Santiago citou a escritora Grada Kilomba, segundo a qual a mulher é “o outro do homem”, ao passo que a mulher negra é “o outro do outro”. De acordo com a palestrante, “fazer referência à mulher como ‘o outro’ é entender que ela está distante do parâmetro representado pelo homem, cujos desejos a sociedade é estruturada para atender”. Conforme a procuradora, entretanto, as questões de gênero nem sempre alcançam as mulheres negras, que não estão incluídas em todas as demandas das mulheres brancas. “No período da escravização, a mulher preta sofria violência sexual diariamente. O corpo dela não pertencia ao marido, como acontecia com a mulher branca, mas a todas as pessoas que estavam hierarquicamente acima dela.”

Seguindo com a abordagem histórica, Fernanda Santiago lembrou o fato de que, findo o período da escravidão, as mulheres negras passaram a trabalhar nas “casas de família”, onde seus corpos continuaram sendo violados. “Isso ainda hoje é tratado com muita naturalidade em novelas e filmes nos quais o jovem enxerga o corpo da mulher preta, serviçal, como o corpo com que ele pode iniciar a vida sexual”, ressaltou a palestrante, que abordou ainda a questão da hipersexualização da mulher negra, vítima do tráfico de pessoas para prostituição – crime invisível, segundo a procuradora. De acordo com a filiada, todos esses estereótipos compõem o racismo estrutural e refletem nos números relativos à violência: em 2018, 68% das vítimas de feminicídio eram negras.

Para a reversão do racismo, conforme Fernanda Santiago, costuma-se falar em mais representatividade – mas isso não é simples, afirmou a procuradora, pois existe uma violência política contra a mulher negra. “Quando ela tenta entrar no ambiente decisório, o sistema resiste de todas as formas. Os ataques virtuais contra as mulheres pretas eleitas em 2020 foram notórios. Perante as instituições, no entanto, os problemas enfrentados pela mulher preta são menos graves”, destacou, fazendo referência à “falta de empatia” do Judiciário apontada pelo próprio Conselho Nacional de Justiça. Para Fernanda Santiago, somente a partir da conscientização acerca do racismo estrutural e institucional, serão elaboradas políticas públicas voltadas à questão da discriminação.

Acesse o YouTube e assista à palestra completa: bit.ly/FernandaSantiago.

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SINPROFAZ apresenta à Carreira os resultados do Diagnóstico de Saúde Mental https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/05/11/sinprofaz-apresenta-a-carreira-os-resultados-do-diagnostico-de-saude-mental/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/05/11/sinprofaz-apresenta-a-carreira-os-resultados-do-diagnostico-de-saude-mental/#respond Tue, 11 May 2021 21:01:10 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=355

A Carreira conheceu hoje os resultados do Diagnóstico Epidemiológico de Saúde Mental e Qualidade de Vida e de Trabalho na PFN. O evento virtual foi conduzido por José Ernane Brito, que deu início às exposições da ocasião. De acordo com o presidente do SINPROFAZ, “trouxemos aqui resultados que gerarão demandas a serem cobradas junto à Administração e em parceria com o Departamento de Gestão Corporativa – DGC, visando à construção de dias melhores para as procuradoras e os procuradores da Fazenda Nacional. Já solicitamos à PGFN um sistema integrado de atenção à saúde mental dos PFNs e servidores. A saúde mental é uma questão caríssima ao SINPROFAZ. Não nos desligaremos dela um só minuto”.

Valéria Ferreira deu continuidade aos trabalhos. Segundo a diretora, o SINPROFAZ tem se dedicado a conhecer a Carreira. Por meio do Diagnóstico, buscou compreender questões internas, com a finalidade última de construir uma PGFN mais acolhedora e humana: “A saúde mental é bastante estigmatizada. Acredito que o Diagnóstico possa ser o início de uma nova filosofia dentro da PFN”. Em apoio à fala que o antecedeu, Aleksey Cardoso, diretor do DGC, parabenizou o Sindicato pela pesquisa e reiterou que “a PGFN caminha ao lado do SINPROFAZ em iniciativas sobre a saúde mental e a qualidade de vida e de trabalho das pessoas que integram a Instituição. As portas do DCG estão abertas, pois essa é uma pauta comum”.

O Diagnóstico
Entre os dados revelados pela pesquisa, esteve a informação de que 29% dos respondentes enfrentaram algum problema no trabalho, nos últimos 90 dias, em decorrência do estado de saúde – entre as procuradoras, esse percentual foi de 38%. Conforme o Diagnóstico, 67% dos participantes da pesquisa afirmaram se sentir nervosos, tensos ou preocupados; 47% disseram dormir mal e 46% declararam se sentir cansados durante a maior parte do tempo. Ademais, 34% afirmaram precisar de acompanhamento médico ou medicação para levar a vida no dia a dia. Outra informação de destaque foi a de que 31% dos respondentes, isto é, 178 PFNs, já sofreram constrangimento, intimidação ou ameaça no desempenho do trabalho a ponto de sentir medo, ódio ou horror da situação.

Os resultados do Diagnóstico foram apresentados pelo coordenador do Projeto de Saúde Mental e Qualidade de Vida na PFN, Cristiano Costa, sócio-administrador da Psych – Psicologia Clínica e Organizacional, empresa responsável pela pesquisa. O psicólogo chamou a atenção para os transtornos do pensamento e a relação entre eles e o modo como o cotidiano de trabalho se estrutura. Ao analisar os dados coletados, ressaltou um deles: “Quando perguntamos sobre o pensamento de acabar com a própria vida, tivemos um escore de 2,6%. Pode parecer pouco, mas não podemos nos perder nas estatísticas”. Segundo Cristiano Costa, se aplicado o percentual ao total de PFNs, tem-se que “55 estão, neste momento, imantados à ideação suicida”.

Após abordar o problema do burnout, que se relaciona à exaustão, à perda da energia vital, Cristiano Costa alertou: “Se você é uma dessas 55 pessoas, ative o benefício do Zenklub, que o SINPROFAZ oferece aos filiados, e acione um psicoterapeuta. Saia desse lugar de solidão e compartilhe suas dificuldades com alguém”. Os dados foram comentados por Beatriz Pereira, integrante do Grupo de Saúde Mental PFN-SP. De acordo com a filiada, o Diagnóstico possibilitou a constatação de que os problemas relativos à saúde mental não são uma impressão, mas uma realidade em todo o país. “Isso me trouxe uma preocupação gigante. Saber que 2,6% da Carreira declara expressamente que pensa em suicídio é muito preocupante.”

Para conferir o Relatório do Diagnóstico, acesse www.sinprofaz.org.br/pdfs/diagnostico-de-saude-mental-qvt-na-pfn-2021.pdf

Assista à íntegra do evento no YouTube do SINPROFAZ: youtu.be/YdKp3JWS_wU

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Psicodinâmica entre agressor e vítima é tema da palestra de psicóloga https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/04/28/psicodinamica-entre-agressor-e-vitima-e-tema-de-palestra-de-psicologa/ https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/2021/04/28/psicodinamica-entre-agressor-e-vitima-e-tema-de-palestra-de-psicologa/#respond Wed, 28 Apr 2021 23:34:21 +0000 https://saudemental.sinprofaz.org.br/blog/?p=349

Coordenadora e professora de cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo e no Hospital Sírio-Libanês, Flávia Fusco é mestra em Psiquiatria e Psicologia Médica. Convidada pelo SINPROFAZ para integrar os debates do projeto PFN e Gênero: Sensibilização, Conscientização e Diálogos, a psicóloga palestrou sobre o tema Violência contra as Mulheres: a banalização do mal. Entre as informações que compartilhou com a Carreira, esteve a ideia, comum e equivocada, de que o homem que agride possui um transtorno mental: “Nos agressores, verificamos características como impulsividade e baixa tolerância a frustrações. Qualquer pessoa, no entanto, pode possuir essas características, o que não faz dela uma abusadora necessariamente”.

Para a psicóloga, tratar a violência como patologia é considerá-la um problema individual e particular – no qual não se deve “meter a colher” – e dissociado de uma estrutura, isto é, dos aspectos históricos, culturais e sociais intrínsecos a ela. Levando em conta que o tratamento de patologias, como um transtorno depressivo ou de ansiedade, combina medicamentos e psicoterapia, “se a violência fosse pensada sob o viés psicopatológico, bastaria um remédio para fazê-la parar”, concluiu Flávia Fusco. Sem uma intervenção no âmbito jurídico ou da saúde, porém, o ciclo da violência contra a mulher tende a se agravar, como alertou a psicóloga: “Não me lembro de um caso sequer em que a violência tenha cessado de livre e espontânea vontade”.

A violência psicológica pode ser definida como toda ação ou omissão, verbal ou gestual, que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa agredida. De acordo com Flávia Fusco, essa violência inclui insultos, humilhação, desvalorização, chantagem, manipulação, exploração, ameaça, imposição de isolamento dos amigos e familiares e privação arbitrária da liberdade, como o impedimento de trabalhar, estudar e cuidar da própria aparência. “A violência psicológica tende a se arrastar por anos, porque muitas vezes a própria mulher tem dificuldade de entender que está sendo vítima. Por não deixar marcas físicas, essa violência pode ser a mais sutil e perversa, pois a sociedade pode acabar não a reconhecendo”, explicou a expositora.

À Carreira, a psicóloga destacou o equívoco da ideia de que, para sair do ciclo de agressões, basta à mulher pedir ajuda. Segundo Flávia Fusco, “a violência corrói o estado emocional da vítima, que vai perdendo a capacidade de reação”. A mulher agredida, conforme ensinou a palestrante, tende a normalizar a situação, considerando-a um “padrão razoável”. Apesar da tentativa de normalização, as vítimas carregam sentimentos de vergonha e culpa que refletem em reações ambivalentes, como o desejo de separação e a posterior desistência, a denúncia e o posterior arrependimento. “A ambivalência não quer dizer que a mulher ‘não sabe o que quer’ ou que mente, mas acaba afastando sua rede de proteção, que não compreende a ambivalência como consequência da violência.”

Para encerrar a exposição, Flávia Fusco abordou a questão do perfil do abusador e da urgência em desmistificá-lo. Com exemplos de experiências vividas no atendimento profissional a agressores e vítimas, a psicóloga demonstrou que os abusadores não são necessariamente homens agressivos, que se parecem com monstros ou que dão medo. De acordo com a palestrante, essa concepção motiva associações incorretas que colocam em xeque a palavra da vítima. “Mas ele é tão trabalhador, ele é tão bom pai, ele é tão romântico. Será mesmo que ele praticou essa violência?”, exemplificou Flávia Fusco. Para a psicóloga, a tarefa que cabe a todos e a todas é a de ter mais atenção aos próprios julgamentos e oferecer às vítimas que pedem ajuda uma escuta mais aberta e qualificada.

Confira em bit.ly/FlaviaFusco a íntegra da palestra!

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